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segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Trindade

Creditos: redação com Ed Rocha

A Santíssima Trindade[1]

Deus é Trino eternamente porque esta é a sua natureza.

O Pai que gera o Filho unigênito e o Espírito procedente são de mesma substância, co-onipotentes e co-eternos, perfeitamente iguais. Este é o mistério da Santíssima Trindade que é o mistério central de nossa fé.
O mistério da Trindade nos foi revelado na economia da salvação, principalmente por meio de Cristo o enviado do Pai ao mundo que juntamente com o Pai envia o Espirito Santo para vivificar o povo de Deus.
No decorrer da história da Igreja houve a busca pela sistematização trinitária. Na tentativa de formular mais corretamente a sua compreensão evitando dessa forma heresias, surgem o termos técnicos que buscam sempre um rigor maior para expressar sem erros a verdade de Deus uno e trino.
No processo histórico dessas formulações podemos distinguir três grandes tendências de sistematização.
O primeiro ambiente de sistematização é o politeísta. Para não cair no erro de redução da Trindade a três deuses, foca-se na unidade de Deus. Deus uno, um só Deus por natureza.
O segundo ambiente é o do monoteísmo na qual há insistência de uma monarquia absoluta a ponto de negar a divindade de Jesus, a reflexão é focada na diversidade em Deus, insiste-se na Trindade e nas Pessoas (Pai, Filho e Espírito Santo); a partir da diversidade chega-se à unidade.
Em um ambiente mais recente onde existe a predominância do individualismo, a ausência de comunhão a reflexão centraliza-se na relação entre as Pessoas da Trindade, voltando-se para comunhão como princípio fundamental em Deus e de todos os seres criados a sua imagem e semelhança.
Com relação a unidade da  Trindade o Símbolo de Fé niceno-constantinopolitano que resultou dos dois primeiros Concílios ecumênicos (325 e 381) foi expressa a fórmula " Creio em um só Deus..." que está centrada na unidade de Deus, superando a multiplicidade dos deuses existente no politeísmo.
Ao rezar esta fórmula o fiel se dirige a um mistério supremo, pessoal, espiritual, um único Senhor do céu e da Terra, princípio único.
Para chegar a essa compreensão de unidade na Trindade foi necessário deixar para trás o entendimento das Pessoas como modalidades de expressão do mesmo e único Deus denominado modalismo e do subordinacionismo advindo do arianismo que afirmava que Cristo veio do nada e o Concílio de Niceia confessa que o Filho de Deus é "gerado, não criado, consubstancial ao Pai".

Paz e Bem!

Ed Rocha

[1] CATÃO, Francisco. A trindade: uma aventura teológica. São Paulo: Paulinas, 2000.

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