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terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Santa Águeda, rogai por nós

Pouco se sabe sobre a vida de Santa Águeda ou Ágata como também era chamada. Ela era italiana, nasceu por volta do ano 230 na Catânia, pertencia à uma família nobre e rica.
Muito bela, ainda na infância prometeu se manter casta para servir a Deus, na pobreza e humildade. Não quebrar essa promessa lhe custou a vida, porque o governador da Sicília se interessou pela casta jovem e a pediu em casamento. Águeda, recusou o convite, expondo seus motivos religiosos. Enraivecido, o político a enviou ao tribunal.
Tendo-a citado perante o tribunal, o governador Quintiano interrogou-a com estas palavras: “não te envergonha de rebaixar-te à escravidão do cristianismo, quando pertences a nobre família?” Águeda respondeu-lhe: “A servidão a Cristo é liberdade e está acima de todas as riquezas dos reis”. A resposta a essa declaração foram bofetadas barbaramente aplicadas. Depois desta e de outras brutalidades, a Santa Mártir foi encarcerada com graves ameaças de ser sujeita a torturas maiores, se não resolvesse a abandonar a religião de Jesus Cristo.
Realizando as iniqüidades prometidas, o tirano governador ordenou que a donzela fosse esticada sobre a castata, os membros lhe fossem desconjuntados, e os seios atormentados com torqueses de ferro e depois cortados. Referindo-se a esta última brutalidade, Águeda disse ao juízes.
“ Não te envergonhas de mutilar na mulher o que tua mãe te deu, para te aleitar?”
As torturas narradas pelas quais passou a virgem são de arrepiar e estarrecer.
Depois desta tortura foi mandada de volta à prisão sem que lhe fosse ministrado o mínimo tratamento. Deus, porém, que confunde os planos dos homens, veio em auxílio da pobre serva.
Neste retorno, ela teve a graça de "ver" o Apóstolo São Pedro, o que a revitalizou na fé.
Durante a noite apareceu-lhe um venerável ancião, que se dizia mandado por Jesus Cristo, para trazer-lhe alívio e curá-la. O ancião, que era o Apóstolo S. Pedro, elogiou-lhe a firmeza e animou-a a continuar impávida no caminho da vitória. A visão desapareceu e Águeda, com muita admiração, viu-se completamente restabelecida.
Passados quatro dias, foi novamente apresentada ao juiz. Este, não pode deixar de se mostrar admirado, vendo-a completamente restabelecida. Águeda disse-lhe “Vê e reconhece a onipotência de Deus, a quem adoro. Foi Ele quem me curou da feridas e me restituiu os seios. Como podes, pois, exigir de mim que o abandone? Não – não poderá haver tortura, por mais cruel que seja, que me faça separar-me do meu Deus”. O juiz não mais se conteve. Desta vez deu ordem para que Águeda fosse rolada sobre cacos de vidro e brasas.
Depois de passar por esses tormentos, foi conduzida ao cárcere e ali morreu.
Passado um ano depois da morte da Santa, a cidade de Catania assistiu apavorada, uma erupção do Etna. O povo, em sua indivisível aflição, quando viu as ondas da lava encandescida ameaçar a cidade, correu ao túmulo da Santa, tomou o véu que cobrira o seu rosto, e estendeu-o contra a torrente de fogo. Imediatamente o perigo estava afastado.
O martírio de Águeda aconteceu durante o império de Décio, no seu terceiro consulado, no ano de 251. Santa Águeda é uma das santas mais populares da Itália, e uma das mais conhecidas mártires do cristianismo dos primeiros séculos. Apenas Roma chegou a ter doze igrejas dedicadas à ela.
Santa Águeda é invocada pelos cristãos contra o perigo de incêndio e contra as doenças da mama.

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