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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Musica Gospel?

Créditos: Postado por http://charlezine.com.br
Encontrei esse artigo na internet e percebi coerência na reflexão do autor. Estou expondo este texto para reflexão e não como afronta aos irmãos separados, afinal, o que acontece no mundo da musica gospel acontece também no meio católico. Leia, reflita!
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Não entendo música gospel. Pior: não gosto de música gospel! E não gosto porque ela simplesmente não faz sentido, não se explica. Trata-se do único “estilo” musical que independe do estilo musical. Existe rock gospel, forró gospel, samba gospel, funk gospel, sertanejo gospel… Mas o problema é que a tal música gospel não se define.
Música gospel não se define pela temática. Caso contrário, Gilberto Gil e Renato Russo teriam de ser rotulados de gospeis com suas canções “Se eu quiser falar com Deus” e “Monte Castelo”, respectivamente. A primeira é uma ode à oração e a segunda, uma adaptação do capítulo 13 da primeira Carta de Paulo aos Coríntios. Música gospel também não se define pela opção religiosa de seus intérpretes ou compositores. Fosse assim, a arte produzida pelo compositor alemão Johan Sebastian Bach e pela banda irlandesa U2 teria de ser chamada de gospel. Música gospel não se define tampouco como música litúrgica. Afinal, faz tempo que ela deixou a igreja para invadir palcos, shows e rádios mundo afora. A música gospel do século 21 possui objetivos muito maiores do que a tradicional função de adoração, louvor e introspecção da música litúrgica – embora, claro, ainda possa eventualmente cumprir esta função.
Mas então, o que define a música gospel? Só consigo pensar em uma palavra: mercado. A definição musical de “gospel” é antes de tudo mercadológica. Música gospel é aquela feita por evangélicos para evangélicos, de crente para crente, delimitando assim uma área de atuação e ganhando força comercial por meio de uma rotulação excludente. Até aí, tudo bem; qual seria o problema? Bem, o problema é que este tipo de música apenas alimenta e faz crescer o muro que construímos em volta de nosso gueto cristão. Estamos nos fechando cada vez mais em nosso mundinho gospel, limitando nosso relacionamento e vivência com o mundo. E a tal de música gospel serve muito bem a este isolamento. Os grandes músicos cristãos, verdadeiros missionários, são aqueles que levam a mensagem cristã ao mundo sem se pré-rotularem de gospel, sem colocar o mercado à frente da mensagem e que, curiosamente, acabam por conquistar o mundo justamente pela sua atitude.

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